Primeiramente, vamos definir gatos e gatos domésticos. Sim, existem os gatos que estão à sua própria sorte nesse mundão à fora e existe o seu gato, que mora na sua casa e muitas vezes não tem acesso ao mundo externo. Esse último é o gato doméstico.
Mesmo na natureza, os gatos não ingerem 95% de proteína, como muitas pessoas pensam. Eles ingerem sim bastante proteína, mas também muita gordura subcutânea e visceral das presas. Além disso, consomem pelos, pele, ossos, vísceras e intestino, este último com quantidade variável de fibra. A dieta deles é, também, muito rica em umidade, o que dispensa a necessidade de consumo elevado de água.
Já os gatos domésticos, aqueles que normalmente não têm acesso à rua, não caçam o seu alimento e são castrados, tem um estilo de vida totalmente o oposto do que acontece na natureza.
Por isso, não é possível alimentar gatos sedentários (sim, gatos de apartamento são sedentários, principalmente se compararmos com gatos selvagens), castrados e com sobrepeso com uma dieta “de carnívoro da natureza” porque eles se tornariam obesos. Entende-se que uma dieta para gato doméstico deve respeitar sua natureza, mas, sobretudo, seu estilo de vida. Sendo assim, considera-se uma dieta adequada ao gato doméstico, uma formulação que contenha aproximadamente:
- cerca de 50% de proteína bruta
- de 20 a 22% de gordura bruta
- no máximo 4-5% de fibra alimentar
- no máximo 8% de matéria mineral
- no máximo 18-20% de carboidrato
Outro ponto muito importante é que essas dietas também são ricas em água, o que auxilia os felinos na ingestão desse líquido, sendo que eles não costumam beber tanta quando deveriam. Desta forma, a umidade do alimento é importantíssima para sua saúde, inclusive urinaria, desses peludinhos.
Dica: Animais domésticos (cães e gatos) devem e precisam receber mais fibra e menos gordura que os animais na natureza, normalmente tem alimento disponível e são bem mais sedentários. Dietas calóricas, como as rações secas, predispõem à obesidade quando oferecidas sem controle de quantidade.